quinta-feira, 19 de abril de 2012

FOLCOLORE

O Minho é a região portuguesa onde o folclore é mais vivo, diversificado e colorido. As danças e os cantares que o caracterizam constituem hoje um cartaz turístico-cultural admirável, mercê da alegria desbordante do homem e da mulher minhota, transposta para as danças tradicionais com uma beleza inigualável. Entre todas as danças, desde verdegares a fandangos, passando por chulas, malhões e caninhas-verdes, a que melhor caracteriza o folclore minhoto é o vira, graças ao ritmo e vibração que lhe é imposto pelos garbosos e ridentes pares de dançadores e dançadeiras, e pelo som exuberante e compassado da tocata tradicional, composta por bombos, violas braguesas, ferrinhos, cavaquinhos e concertinas. Não há ninguém que fique indiferente a este hino de celebração da vida, de consagração do espírito de festa e de harmonia com o mundo e a natureza. Esta cultura peculiar e única, nascida das tradições ancestrais do Minho, e ligada profundamente ao quotidiano laborioso, às romarias e aos folguedos, é hoje ciosamente guardada e divulgada por numerosos grupos folclóricos, de que Braga é um dos concelhos mais ricos da região, e que esteve na origem da organização anual de um grande Festival Internacional de Folclore na Avenida Central. Os três principais grupos folclóricos de Braga, por ordem de antiguidade: Grupo Folclórico Dr. Gonçalo Sampaio Foi fundado por este etnógrafo em 1936, é o grupo mais antigo de Braga e um dos mais antigos do país. Teve durante muitos anos a direção do prof. Mota Leite, extraordinário folclorista que fixou de forma superior as coreografias das belas danças minhotas, e definiu os contornos dos vários trajes que hoje envergam os homens e as mulheres em situação de exibição. Rusga de S. Vicente Tem a sua origem nas famosas rusgas que se organizavam para virem ao S. João da Ponte, e, tal tradição, naquela freguesia remonta pelo menos ao ano de 1965. Encontrou no popular Fecisco a sua alma mater, tendo o folclorista Dr. José Ribeiro Pinto imprimido um cunho muito peculiar ao folclore desenvolvido por este grupo, a ponto de se ter transformado numa referência do folclore do chamado Baixo-Minho. Associação Cultural e Festiva Os Sinos da Sé Herdeira do património histórico-cultural do Grupo Folclórico dos Professores de Braga, é também um grande embaixador do folclore do Minho, embora seja de formação mais recente. Foi constituído por um grupo de professores na escola Dr. Francisco Sanches e hoje tem como director artístico o dr. José Hermínio Machado, um homem estudioso e apaixonado pelas tradições do norte de Portugal

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