terça-feira, 24 de abril de 2012

A Batalha de Braga - I

A Batalha de Braga - I
Faz hoje, 20 de Março, 198 anos que a cidade de Braga foi invadida pelas tropas de Napoleão. Crendo que nada existe em toda a internet e muito pouco no nobre suporte de papel acerca deste importante evento da História de Braga e Portugal, inicio hoje, data comemorativa, a publicação de dois textos que narram a evolução dos trágicos acontecimentos. Começo pelo artigo de Alberto Feio publicado originalmente no jornal “Diário do Minho” de 21 de Março de 1926 e reproduzido em 1984 por Henrique Barreto Nunes e Eduardo Pires Oliveira em Coisas memoráveis de Braga e outro textos. Nos artigos da Wikipédia sobre a Guerra Peninsular e Soult lê-se que este, após ter derrotado as forças britânicas comandadas pelo general John Moore na Corunha, passou o Minho a 4 de Março de 1809 conquistando de seguida, no dia 12, a cidade de Chaves, o que geograficamente não faz qualquer sentido e é desmentido por José Augusto Ferreira (Fastos Episcopaes...). Este refere que a escolha de Chaves para entrar em Portugal se ficou a dever à feroz oposição dos portugueses em Valença que impediu o marechal Duque da Dalmácia de atravessar o Minho. Narra o volume VI da "História de Portugal de Barcelos", p. 340, que, a 2 de Fevereiro, chegou à fronteira portuguesa do Norte, a primeira divisão francesa comandada por Soult, juntando-se-lhe, onze dias depois, todo o exército francês. "Tendo feito algumas tentativas infrutuosas para passar o Rio Minho junto de Valença, Caminha e Vila Nova de Cerveira, Soult seguiu o caminho de Orense. Em 4 de Março conseguiu internar-se em Portugal". Também o Dicionário de História de Portugal de Joel Serrão, tomo V, p. 50, defende esta posição. Erra quando diz ter sido assassinado o general Bernardim Freire de Andrade pela “plebe” de Braga depois da derrota infligida às suas tropas pelas forças napoleónicas. De facto, o General Comandante em Chefe Freire de Andrade foi chacinado pela tão corajosa quanto louca população de Braga antes da contenda com os franceses, que tomou “como traição os seus fundados receios de aceitar ao inimigo um combate com meios tão fracos e desproporcionados” (Monsenhor J. Augusto Ferreira, Fastos Episcopaes da Igreja Primacial de Braga, tomo IV, 1935, p. 22). O texto de Alberto Feio:

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